Capítulo 1 (DAE)

PDV Bella

 

Meu caminho até a casa dos Black, estava me deixando cada vez mais nervosa. Eu estava farta de mentiras e mais mentiras. Jacob era meu melhor amigo e ele tinha que atender ao telefone, mais só Billy atendia, mentindo cada vez mais para mim.

― Estou farta disso tudo... Já basta aquele cretino que me abandonou no meio da floresta... E sozinha acima de tudo. CRETINO... ― Bati no volante com força, descarregando minha raiva de tudo que estava acontecendo comigo nos últimos meses.

O abandono de Edward, aquele cretino, e depois minha amizade desastrosa com Jacob, ele que fazia seu pai mentir para mim a cada telefonema.

Hoje definitivamente estava era querendo mudar todo o meu futuro, eu estava querendo uma mudança radical em minha vida.

Eu não estou nem um pouco a voltar ser aquela Bells abandonada e que atrapalha a vida de todos a minha volta, estou cansada de ser o alvo, o que faz da vida de todos, um inferno, que chegam até a me abandonar... Não quero isso... Quero ser desejada, ser amada de verdadeiramente... Quero amar alguém que me valorize.

O caminho foi longo, mais eu estava quase em frente a casa de Jake e comecei a tremer completamente todo o corpo, meu corpo estava quente e fervendo, minha espinha dava sinais de alerta, como se quisesse se quebrar, meus músculos estavam quentes e doloridos, e eu não sabia o que estava acontecendo comigo os últimos dias, até meu pai estava confuso.

Estacionei minha caminhonete na frente da casa e desci, caminhando até a porta e bati, não sei como, mais escutei um movimento dentro da casa e a porta se abrir revelando Billy em su cadeira de rodas.

― Ah... Oi Bella. ― ele havia ficado surpreso ao me ver em frente a sua casa e sorria fraco.

― Cadê o Jake, Billy?  E não vou aceitar mais mentiras... ― Ele ficou um pouco vermelho e abaixou a cabeça, mais voltou para atenção aos meus olhos, notando que eu tremia e me olhava questionador.

― Ele não está em... ― ele ia me dizer que ele não estava, o interrompendo, entrei em sua casa, passando por ele e percorrendo a sala e o corredor, entrando na cozinha e abrindo a porta que eu sabia que devia abrir. Quando abri, Jacob estava dormindo, calmo e sereno. Ouvi um latido longe de sua casa e olhei além da janela.

Os vendo, me fez virar e sair pela porta da cozinha e ir praticamente correndo em direção a eles, e algo me impressionava novamente, vendo que nem tropecei nem nada. E ao perceber ser Sam Uley, sem nem pensar, fui ate ele.

­             ― Fiquem calmos. ― avisou Sam quando me viu se aproximando determinada.

­― O que você fez com ele. ― eu disse empurrando Sam que nem se mexeu.

Porem a minha atenção foi toda para o garoto ao seu lado cujo coração bateu mais forte quando olhou para mim, não sei como, mais eu escutava os corações de todos e principalmente do meu. O garoto parecia estar frustrado, eu simplesmente não queria entender o que acontecia com ele, e a raiva se apossou de si mesmo. Sam se colocou em frente minha frente quando um rosnado alto saiu do peito dele.

            ― Paul acalme-se – Sam disse para o tal Paul, mais ele não o ouviu, e estava nervoso, e eu ainda atrás de Sam, olhei entre eles e a sentir uma raiva dentro de mim, e eu não sabia nem porque e nem de onde vinha. Um último barulho de roupas rasgadas, e na frente de Sam um lobo acinzentado, rosnava bravamente encarando os meus olhos confusos. Mais eu tinha um extinto dentro de mim querendo sair também. Eu me identificava com aquele lobo, não sei como, mais identificava.
Recuei três passos e curvei um pouco minha cabeça para frente, mais meus olhos ainda estavam nos seus. Eu o encarava não sentindo medo, e sim o enfrentando, sentindo meus pulmões esquentarem e um rosnado sair entre meus lábios, trazendo a atenção de todos para mim.

           Notei Sam me olhando questionando o que estava acontecendo comigo. Meu corpo tremia e eu sentia o calor saindo por meus poros e parecia que aquilo estava me chamando, meu corpo dessa vez tremia compulsivamente, e uma dor avassaladora atravessava todo meu corpo parecendo que estava rasgando cada músculo ali presente, a dor ficava insuportável, quando subia pela minha coluna. E um rosnado saiu pela minha garganta... Parecia que algo dentro de mim estava inquieto e queria sair, parecia que a qualquer momento eu podia explodir.
Eu abaixei minha cabeça e coloquei-a se encostada a meus joelhos na intenção de que se meu corpo estivesse encolhido a dor muscular sumiria, porém ela se fosse possível aumentou ainda mais.


             ― AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH – eu gritei ainda mais alto, não queria que eles estivessem me olhando, mais como estavam nada pude fazer. Mas eu não consegui segurar mais, senti meu corpo se rasgando e a dor aumentava ainda mais e avistei o lobo novamente, e ele que me olhava profundamente, de alguma forma eu não conseguia sentir medo dele, mais eu queria correr. Mais um rosnado saiu de mim. E senti tudo muito rápido, meu corpo pareceu não suportar mais a dor e senti minha pele se rasgando por instinto me curvei sobre o joelho ainda mais, e quando a dor parecia ficar ainda mais insuportável, senti minha coluna se adaptar a uma nova forma e meus braços relarem no chão do mesmo jeito que minhas pernas, de repente eu olhei novamente para a floresta e senti meu corpo se adaptando a uma nova forma, aliviando a dor em minhas costas e a queimação.
Eu voltei meu olhar para o lobo e... Agora o que parecia era que nada mais na terra me prendia ali e nem a gravidade, e sim ele, eu vivia para ele... Toda a dor que antes eu sentia passou imediatamente, e tirar os olhos dele era impossível. O que estava acontecendo comigo...


               “Mais que droga...“ olhei para o lobo e ele me encarava mais raivoso ainda. Ele se virou para a floresta e correu, correu fugindo, eu acho que de mim.
               Eu queria mudar meu futuro... Mais não assim...

              “ Eu não quero essa merda toda... Não quero...”

              Ele pensava sem para... E mais uma vez eu me via abandonada... Humilhada... Parecia que esse era o meu destino.