— Então, o que fizeram
enquanto estive fora?
Após algumas horas de
aprendizado obrigatório, Kahli havia tirado todas as crianças das mesas e as
colocado sentadas no chão, em círculo. Os rostinhos, felizes por tê-la de
volta, mostravam toda a euforia em sorrisos enormes e sinceros. Ela não poderia
estar mais contente.
— Eu aprendi a conversar com o
Magnus! – Brian, o mais tímido, se pronunciou levantando a mão e mostrando a
boca sem o canino direito no sorriso.
— Verdade? – A empolgação da
orientadora era maior que de seus pequenos.
Estava ali, a razão por ter
estudado tanto a história de seu povo. A razão dos quatro anos aprendendo a
lecionar.
— Posso ver?
O garoto balançou a cabeça,
afirmando, e andou até a enorme janela da sala. Com um modesto assovio, ele ergueu
o braço e, colocando-o para fora, esperou. As pernas curtas balançavam de um
lado a outro, mas Brian mantinha o membro esticado, lembrando-se do dia em que
Kahli ensinou-os a chamar uma ave. Ele começava a se envergonhar, quando uma
pequena bola azul empoleirou-se em seu pulso.
Magnus o olhou com olhos tão
brilhantes quanto suas penas e arrastou o bico por sua pele. Brian soltou uma
risada, sacudindo levemente o braço que amparava o pássaro e este sacudiu as
asas, abrindo-as, mostrando os inúmeros tons da cor do céu. A conexão começava
a se formar ali, no simples contato entre ambos.
Calmamente, Brian voltou para
seu lugar, mas agora tinha uma companhia.
As outras crianças trocaram
olhares admirados e tentaram aproximar-se do colega, mas Kahli, sabendo que ele
ainda possuía pouco controle, acalmou-as.
De alguma forma naquele
instante, a criança mais tímida e quieta da sala tornou-se brilhante,
resplandecente. Ele continuava a ser a mesma pessoa, porém melhorada. A timidez
estava ali, mas era sobreposta por uma sabedoria que tornou-se visível no
momento em que uma das alunas sentiu-se intimidada por um colega conseguir
fazer algo que ela tanto almejava. Brian aproximou-se da loirinha de olhos
verdes e tocou-a em um carinho único. Selena limpou as lágrimas que teimavam em
querer cair e olhou para o garoto sem realmente esperar nada, mas ele,
subitamente, acenou para o pássaro azul e a ave, sabendo exatamente o que
deveria fazer, saiu do braço dele, para alçar um curto voo e parar no ombro
dela.
A sonora gargalhada de Selena
preencheu a sala e fez Kahli perceber que não trocaria seu trabalho por nada.
Era incrível perceber como o dom
transformava pequenos minutos em momentos maravilhosos. Uma criança conseguia
carregar toda a sabedoria do mundo apenas naquele contato com a natureza. Era a
criança que melhor demonstrava o cerne dos animalium.
E era a criança que a fazia entender dia a dia que os seres estavam ali para se
ajudarem, andarem lado a lado. Não para serem submetidos uns aos outros.
Um pensamento inesperado
passou por sua cabeça e, contrariando o que havia feito nas vezes anteriores,
ela o deixou entrar. Kahli queria mostrar isso para Jacob. Ela desejava ter a
chance de mostrar o seu mundo para ele. Revelar os segredos de seus
antepassados. Revelar seus próprios segredos. Derrubar os muros que ele mesmo
havia construído sobre si e encontrar o homem por trás dos olhos castanhos e
tristes.
Porém, também havia horas que
ela desejava estar perto de Jacob e não conseguia pensar em algo que promovesse
uma desculpa para isso acontecer. Com certeza esse encontro não aconteceria por
livre e espontânea vontade dele, nem por desejo da mãe, que cultivava um ódio
crescente por tudo que tivesse o nome Black envolvido.
Kahli suspirou e voltou o
olhar para as crianças. Elas não se preocupavam com o futuro, apenas deixavam
acontecer. Quem sabe isso era o que ela deveria fazer? Deixar seu futuro nas
mãos do destino não parecia tão ruim quando esse futuro poderia trazer consigo
Jacob Black.
...
Ser liberado da ronda porque
prometera ajudar o “chefe” havia sido um bom negócio. Seth acabara por passar em
uma loja de quitandas regionais e provara quase todos os doces ofertados. E o
melhor?! Tudo havia saído de graça. A mulher, que ele se esquecera de perguntar
o nome, tinha feito questão de que fosse bem servido para depois, palavras da
vendedora, ela não fosse chamada de muquirana.
Ele não achou nem um pouco
ruim perder alguns minutos saboreando as delícias de Lorem, sua mãe que não
soubesse, mas aqueles foram os melhores doces que já provara na vida. Além
disso, o tempo livre fora dedicado a planos infalíveis para juntar Jacob à Kahli.
Não que fossem, de fato, infalíveis, porém, era mais divertido chamá-los assim.
O problema dos tais planos
infalíveis era conseguir com que Jake se aproximasse de Kahli. Isso sim seria
difícil. Seth podia imaginar a carranca do amigo quando este ficasse frente a
frente com sua imprinting. O que era
estranho. Não havia registros nos Diários Quileutes que comprovassem a
existência de um lobo que resistiu ao imprinting.
Nem mesmo Sam, que namorava Leah na época em que a magia manifestou-se, pode
ficar longe de sua escolhida por
muito tempo.
Seth ainda buscava soluções
para seus dilemas quando parou em frente aos portões da Escola Primária São
Bernardo. Tudo parecia silencioso demais lá dentro e ele estava começando a
duvidar da palavra da vendedora de doces. Kahli provavelmente tinha saído mais
cedo, ou, quem sabe, ela nem fora dar aulas naquele dia.
Passou a mão nos cabelos
grandes demais enquanto olhava para o céu claro. Três horas. Poucos minutos
depois de ser designado para o cargo de protetor da imprinting do alpha, e já
conseguira perde-la, sem ao menos encontra-la. Excelente.
— Por que eu não posso falar
com o passarinho, tia Kahli? – Uma voz doce, que só poderia pertencer a uma
criança, devolveu a Seth a esperança de não ser morto por Jacob. De dentro da
escola, aparentemente fechada, uma menina loira saía carregando uma mochila nas
costas e observando atentamente a “tia” trancar as portas.
— Porque você não é igual às
outras crianças, Sel. – Kahli destrancou o portão principal, aguardou a menina
sair para fazer o mesmo e, depois, passar o cadeado pelas grades meio
enferrujadas.
— Mas...
— Sem “mas”, Selena! Já te
expliquei – agachou-se para ficar da mesma altura que a menina. – No tempo
certo seu dom vai aparecer.
— Tempo? – Selena fechou os
olhos em fendas, como se tentasse calcular a medida exata desse tempo. Porém,
assim que viu o homem atrás de Kahli, arregalou as esferas verdes na direção
dele, fazendo a mulher olhar.
— Olá – com um aceno animado
ele aproximou-se das duas.
Kahli franziu a testa e tentou
se lembrar de onde conhecia aquele rosto. Assim que uma luz pareceu acender-se
em sua memória, ela abriu um sorriso.
— Oi – cumprimentou-o enquanto
erguia o corpo e estendia a mão direita para ele. – Seth, não?
— É – confirmou animado.
Aquele era um ótimo começo. – Kahli, certo?
— Certo – Kahli sentiu a barra
da blusa ser puxada pela baixinha ao lado. – Ah! E essa é Selena.
Seth abaixou-se e, num gesto
puramente cavalheiro, deu um beijo nas costas da mão de Selena. A menina sentiu
as bochechas esquentarem e escondeu o rosto na perna de Kahli, fazendo os mais
velhos sorrirem.
— Acho que você acabou de
ganhar o coração dela.
— Admito. Eu tenho um charme
especial. – Seth piscou para Kahli, fazendo-a sorrir abertamente.
— Okay, Senhor Charme, o que o
traz aqui? – Abriu os braços, como se “aqui” fosse a escola.
— Nada – deu de ombros. – Só
estava passando.
— Conhecendo a vizinhança?
— Pode-se dizer que sim. E
aquela senhora da loja de quitandas é meio...
— Excêntrica? – Gargalhou. –
Amanda é uma ótima pessoa, mas se a loja dependesse só dela, toda a família
estaria falida.
—Notei isso – enfiou as mãos
nos bolsos e pensou que aquela seria uma ótima oportunidade para “vigiá-la”. –
E você? Vai para onde?
— Deixar Selena em casa.
— Posso te acompanhar?
Kahli pensou em declinar o
convite. Mas por que não?!
— Claro.
— Então, - Seth começou
enquanto caminhavam em frente – como é a rotina daqui?
— Rotina?
— É, precisamos saber o que a
maioria das pessoas fazem. Os locais com mais movimento, os propensos a maiores
ataques. Essas coisas...
— Oh certo. – A compreensão
bateu em Kahli e ela olhou para a menina que andava ao seu lado, prestando
bastante atenção à conversa alheia. – Selena, por que não vai à nossa frente?
Você sempre gostou de correr na minha frente só para passar na loja da Amanda e
pedir doces.
Selena a olhou com a
desconfiança que competia a uma criança.
— É sério! Prometo não contar
para sua mãe. – A menina sorriu e tirou a mochila entregando-a para Kahli e em
segundos corria pela rua relativamente vazia. – Agora podemos conversar –
sorriu.
— Você leva jeito com as
crianças.
— Eu amo. Trabalho com elas,
além disso, Selena é minha afilhada, tenho um cuidado a mais com ela e esse não
é um assunto que ela deve ouvir. – Seth assentiu para retomar o assunto.
— Sabe me dizer quando os
ataques começaram? – Ele viu os olhos escuros tornarem-se tristes.
— Há cerca de cinco meses.
Primeiro um adolescente desapareceu. Ele era meio rebelde, acharam que havia
fugido para Bay City, só que uma seMana depois encontraram o corpo dele. Após
essa morte, os desaparecimentos aumentaram. Não há nenhum padrão. Adultos,
crianças, jovens, idosos. Alguns aparecem mortos, outros nunca voltam. Com
animais a mesma coisa, embora, a maioria atacada seja de pássaros.
— Como tentaram resolver?
— Criaram um toque de
recolher. Fizeram expedições pela reserva. Diminuíram a tolerância a turistas.
Nenhum dos dois últimos deu muito certo. A reserva está igual a sempre foi. E
os turistas... A cidade vive desse turismo por conta do San Bernard, precisamos
dele para a economia de Lorem. O toque de recolher não funciona muito bem, mas
deixa a maioria das pessoas mais tranquila.
— Não dá certo? – Seth sacode
a cabeça acreditando que a situação pode ser pior do que imaginavam. – Toque de
recolher geralmente funciona.
— Não aqui. As pessoas
desaparecem dentro de suas próprias casas.
Kahli olha para frente,
observando os passos apressados de Selena. Ela parece feliz, alheia a todos os
problemas da cidade, enquanto come os inúmeros doces que Amanda deu.
— Portas trancadas. Sempre
temos de arrombar e quando entramos... A casa está revirada e a pessoa,
desaparecida. Eles procuram algo, não sabemos o que.
— Então não adianta
percorrermos a floresta?
Kahli dá um sorriso triste,
antes de olhar para Seth.
— Não. Vocês têm que ficar
aqui.
— Falarei com Jacob.
A pronúncia do nome dele mudou completamente a sensação de
perda que presidia em Kahli. De uma forma estranha, somente a lembrança era
suficiente para ela notar que sua vida não era só mortes e perdas.
— Está hospedado ali, não é? –
Apontou para a casa de madeira bastante parecida com as casas de Lorem, com
exceção da localidade, estavam a caminho da saída da cidade.
— Sim. – Seth afirmou,
passando a mão no cabelo. Isso estava começando a parecer uma mania. – Achei
que todos os moradores ficavam dentro da cidade. – Comentou, se perguntando o
porquê de estarem saindo ao invés de entrando em Lorem.
— Não. Nem todos. – Pigarreou,
tentando focar-se apenas no assunto e não dar bandeira da queda que parecia ter
pelo amigo de Seth. – Apesar de sermos bastante... tolerantes, a maioria mais
velha não é assim. Temos uma política sobre homens corretos para as solteiras.
A mãe de Selena não acatou isso muito bem. Ela ficou com um turista, um loiro
de olhos verdes, como pode ver – ergueu a cabeça na direção da menina loirinha.
– Ninguém aceitou muito bem a gravidez. Nem o cara, nem a família. Samantha
ficou sozinha. Ela é minha melhor amiga, não podia abandoná-la também.
— Por isso você é madrinha da
Selena? – A menina pareceu ouvir seu nome e apressou-se para voltar para perto
dos adultos.
— É. Ela é meu maior orgulho. –
Passou a mão pelos fios enrolados da criança. – Eu que a ensinei a escrever,
não foi Sel?
Esquecendo a timidez que
sentiu diante do cumprimento de Seth ao se conhecerem, Selena abriu um sorriso
maior que o de Kahli e desatou a falar.
— Foi sim. Tia Kahli me
ensinou a escrever meu nome. E o nome da mamãe. Mas não sei escrever o nome do
meu pai. – Fez a mesma expressão contrariada de quando Kahli falou que cada um
tinha um tempo. – Ninguém nunca me fala o nome do meu pai.
— Sua mãe já explicou Sel...
— Mas...
Quando começava a argumentar,
Seth, vendo a cara aborrecida de Kahli, arrumou uma solução rápida.
— Selena... – fez uma cara
séria. – A senhorita por acaso sabe fazer uma peteca de papel?
— Peteca? – Perguntou curiosa,
esquecendo completamente o assunto anterior.
— Uma peteca! – Ergueu os
braços para o céu exageradamente. Pela visão periférica, viu Kahli agradecer
silenciosamente. – Me dê esses papéis.
Seth sentou-se na calçada e
puxou Selena para junto dele. As dezenas de embalagens de doces que a menina
carregava, logo deram forma a uma bola do tamanho do seu punho que, em seguida,
foi envolta pelo plástico maior. Ela pegou a borrachinha de cabelo e prendeu o
plástico de fora, com as extremidades para cima. Se não soubessem o que aquilo
era, poderiam muito bem enganar alguém dizendo que era um presente.
— Isso – Seth levantou o objeto
– é uma peteca de papel.
— E o que fazemos com isso? –
Selena enrugou o nariz olhando da peteca para Seth.
Num pulo, ele levantou-se,
aprumou o corpo musculoso e, controlando a força, atirou a peteca para Selena.
O brinquedo fez uma parábola e caiu ao lado dela.
— Ah não, Selena! Tem que
pegar a peteca e jogá-la para mim! – Explicou divertido.
Depois de muitas tentativas
frustradas, os dois finalmente entraram em sintonia e, literalmente não
deixaram a peteca cair.
— Certo. Quem deixar cair mais
vezes, até chegarmos a sua casa, vai ter que pagar uma forma de bolo de
chocolate da dona Amanda, que tal.
— É! – Selena gritou animada.
Nada a deixava mais animada que uma forma de bolo.
Os dois esqueceram-se da
companhia de Kahli e ela agradeceu por fazerem isso. Ser expectadora da cena
parecia a coisa certa a fazer.
Seth era a primeira figura
masculina que Selena conhecera e que não a tratara com indiferença. Afinal, era
assim que as crianças “ilegítimas” eram tratadas pela comunidade. Uma atitude
infeliz, mas bastante comum naquela realidade.
Estava feliz por ela ter essa
experiência. Tinha algo nos dois que os deixava parecidos. Não era a aparência.
Era uma coisa interna. Talvez ambos fossem verdadeiras crianças.
Kahli gargalhou quando Seth
caiu de propósito na porta da casa de Selena e fingiu estar cansado. Como se
percorrer o caminho pulando e fazendo palhaçadas fosse um grande esforço para
um homem daquele tamanho.
— Eu em rendo - a mão no
coração proporcionou mais drama à cena. – Você ganhou Selena.
— Eu disse que ia ganhar! –
Falou animada para, depois, pular em cima da barriga de Seth. – E eu quero meu
bolo!
— Claro que eu vou te dar seu
bolo. Você ganhou!
— Isso! – Parecendo lembrar-se
da madrinha, ela virou-se para incluí-la. – Eu ganhei tia Kahli!
— Eu vi! – Buscou as chaves da
casa dentro da bolsa. – Agora saia de cima do Seth antes que o machuque.
— Não está me machucando. – Sentou-se
no chão, deixando Selena em seu colo e olhando para Kahli com olhos pidões.
— É, não tá machucando! – A
mesma expressão de Seth aparecia no rosto de Selena. Aí estava outra semelhança
entre os dois.
— Claro. Não está machucando.
Despeça-se de Seth, Selena. Tem que tomar banho antes da sua mãe chegar. Ela
vai ficar uma fera se te vir assim. Toda grudenta.
— Não posso ficar nem um
pouquinho? – Mostrou com os dedos o tamanho do “pouquinho”.
— Nem um pouquinho – Kahli
sorriu a imitando. – Outro dia você brinca mais, certo?
— Tá bom – ficou de pé. –
Tchau, Seth.
— E o meu beijo?
Selena sorriu antes de apertar
o rapaz em um abraço de urso. O beijo foi estalado e tão grudento quanto estava
o resto do corpo. A marca da boca ficou na bochecha de Seth, formada pelos
doces que ela havia comido. Contrariando todas as regras, ele sorriu e devolveu
o beijo.
— Tchau. Depois trago o seu
bolo.
— É! – Subiu a pequena
escadinha que dava para a porta da casa. – Eu vou ganhar bolo... – Cantarolou
enquanto entrava.
— Obrigada por isso. Acho que
nem sempre eu consigo acompanha-la.
— Sem problemas – disse depois
de levantar-se e bater nas calças, tirando o pó. – Gostei da Selena.
— É. Ela é incrível. Fico
imaginando se meus filhos serão como ela.
— Filhos? – Seth alarmou-se.
Não era possível que ela tinha namorado. – Já tem um pai? – Perguntou, a diversão
escondendo o susto.
— Quem me dera. Não tenho
ninguém.
— Que bom.
— O quê?
— É uma pena. – Ignorou a
pergunta. – Mas tenho a impressão de que seu verdadeiro amor está mais próximo
do que você imagina.
A sensação de felicidade
voltou. Jacob. Jacob era o significado de verdadeiro amor.
Mais que droga! Por que estou pensando nisso? Por que estou pensando
nele?
— Kahli?
— Oi?!
— Estou te chamando há um bom
tempo. – Falou divertido.
— Desculpe. Acho que estou
meio cansada.
— Certo. Vou te deixar em paz.
— Não! Não estou te
expulsando! - Sacudiu as mãos, pensando na falta de educação presente em sua
fala.
— Eu sei. – Soltou uma risada.
– Você vai ficar aqui ou vai para casa?
— Daqui a pouco a Samantha
chega. Ela trabalha em Bay City por motivos que você já sabe. Eu cuido da
Selena enquanto isso.
— Entendi. Bom, vou deixar
você com a Sel, então. Até mais.
— Até mais.
— Ah, qualquer coisa, pode
bater na minha porta, okay? Você sabe onde eu e os caras moramos.
— Sei sim. Obrigada Seth.
Enquanto Kahli via o rapaz
distanciar-se, pensou no quanto a última frase dita por ele havia pesado em sua
mente.
É. Agora ela sabia, com
certeza, onde Jacob morava.
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